segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Vexame da Seleção Masculina no Pan



A Seleção Masculina de futebol deixou ontem a competição pelo ouro no Pan, em Guadalajara. Com uma fraquíssima atuação nos três jogos, o Brasil não venceu uma partida sequer.

Tendo assistido às três atuações, eu, grande admiradora do futebol, fiquei bem decepcionada:

1 – A atual seleção sub-20, que disputou o Pan, não chegou nem perto do sonho de ser uma Seleção. Fraca, inexperiente, com jogadores que não atuam juntos e que dos três jogos empatou dois e perdeu, vergonhosamente, o último jogo, sendo desclassificado;

2 – O jogo de ontem (domingo) contra a Seleção Costa Riquenha foi um verdadeiro fiasco. Tudo bem que o Juiz Mexicano (que fazia questão de não ter o Brasil como adversário no jogo contra o México) usou e abusou de algumas falhas, mas de qualquer forma não vimos o Brasil em campo. Logo no início do primeiro tempo, fomos surpreendidos por um gol da Costa Rica....mais tarde, o atacante McDonald fez chover hambúrguer em Guadalajara, com dois gols belíssimos e dando-se ao luxo de perder um pênalti. Foi realmente vergonhoso ver o que aconteceu no jogo... despreparo, inexperiência, nervosismo, falta de criatividade, foi isso que se viu em campo.

Saindo um pouco do Pan-americano, percebi outra coisa: não são só as Seleções que estão fazendo feio nos jogos. Na verdade, o futebol brasileiro já deixou de ter aquela garra e força de vontade de antes. Um exemplo claro, é o próprio campeonato brasileiro, onde o campeão só deverá ser definido na última rodada.

O que constatamos é que os times estão cada vez mais instáveis, assim como os seus jogadores. No início, despontam no campeonato dando-nos a certeza de ser campeões. De repente, vão perdendo jogo após jogo e comportam-se como um serrote: horas estão lá em cima, horas estão lá em baixo.

O que está acontecendo com o futebol brasilero? Seriam os salários milionários que apagam a vontade de jogar, o amor pelo clube, a gana de vencer?

Essa pergunta talvez jamais seja respondida, mas fica outro questionamento bem mais fácil: o Brasil Sub-20 tem chance de disputar o Mundial, as Olimpíadas e o Sul-Americano daqui a dois anos? Quem souber a resposta, ganha um doce.

É, sorte que ainda nos resta assistir as meninas mandando bem (pelo menos até agora). Mesmo que não cheguem a final, o que elas nos tem mostrado, já vale ouro!!

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Adeus Copa América, adeus Salto Alto!



Durante toda a Copa América enquanto eu comentava aqui no blog, imaginava como seria o meu último post, afinal o meu contrato foi só para a coluna De Salto Alto na Copa América, rsrs. E aqui está ele...
Passei metade do meu domingo esperando a final, não podia perder pra poder comentar aqui e me despedir desse site tão querido!

Mas....vamos ao jogo.

Como esperado e previsto por muitos, o Uruguai foi o campeão da Copa América 2011. Com o título, a Celeste completa 15 conquistas na Copa América e se tornou a seleção que mais venceu a competição.
O Uruguai iniciou o jogo melhor que o Paraguai e logo no primeiro minuto, Suárez levou grande perigo ao gol do grande goleiro Villar. Mas aos 11 minutos, numa falha da zaga paraguaia, Suárez não desperdiçou e abriu o marcador com um lindo gol.
Depois do primeiro gol, o Uruguai diminuiu o ritmo do jogo e abriu espaço para o Paraguai arriscar alguns passes, mas que não levaram perigo ao goleiro Muslera. Mas aos 41 minutos, em mais uma falha da zaga adversária, Arévalo aproveitou e roubou a bola, dando um passe "açucarado" para Forlán fazer o seu primeiro gol na copa (sem contar o de pênalti).

No segundo tempo, o Uruguai voltou um pouco mais descansado e deixou o Paraguai avançar mais, procurar o jogo e encontrar sempre o goleiro Muslera nas poucas tentativas.
Um erro paraguaio, saiu demais para o ataque e esqueceu que o seu adversário era um ótimo oportunista e mais ainda que a dupla que infernizou todas as zagas estava do outro lado....Suárez ajeitou de cabeça e aos 44 minutos Forlán fez o seu segundo gol e o terceiro da partida.
Fim do jogo, fim da esperança Paraguaia....Uruguai campeão.

Previsível? Nem tanto, se contar que zebras não faltaram nesse campeonato, Paraguai vice campeão, sem ganhar um jogo se quer.... Venezuela angariando um disputadíssimo quarto lugar no campeonato, depois de ter sido derrotado pelo Peru por 4x1.

Enfim...uma Copa América meia boca, bem fraquinha mesmo, com certeza todos nós esperávamos grandes shows nos gramados argentinos, mas que se limitaram a uns míseros babas.

Bem...deixo aqui o meu salto alto junto com a Copa América.

Obrigada meu querido amigo Paulo pela oportunidade de escrever sobre uma grande paixão minha: o Futebol!

Espero ter agradado a todos, obrigada pelo apoio dos meu amigos, e dos que não conheço também.

Vou sentir saudades!

Um grande beijo!

sábado, 16 de julho de 2011

No llores por mi, Argentina!



Um verdadeiro duelo de gigantes! E no cemitério dos elefantes, como é conhecido o estádio de Santa Fé, caiu a Argentina.
O início do jogo prometia ser tenso, com o Uruguai fazendo o primeiro gol aos 5 minutos do primeiro tempo. Em resumo, foi um grande jogo, para os dois lados. A Argentina empatou aos 18 minutos, ainda no primeiro tempo com Messi colocando Higuain de cara com o gol.
O Uruguai deu um show de garra após ter seu volante expulso. Jogaram muito, tendo, como sempre, Forlán levando o time inteiro pro ataque.
A Argentina também atacava, mas as tentativas de gols paravam nas mãos do excelente goleiro Muslera, que fez defesas incríveis e foi o nome do jogo.
Cada equipe ainda teve um gol anulado no primeiro tempo, pois estavam impedidos.

A volta para o segundo tempo continuou com os dois times atacando e se defendendo bem. A Argentina criou melhores oportunidade, mas os uruguaios souberam equilibrar o embate. Recuados, seguraram os ataques dos hermanos e tentavam tirar vantagem dos contra ataques, mas sem sucesso. No final do segundo tempo, Mascherano exagerou na falta e levou o segundo amarelo, sendo expulso e deixando o jogo equeilibarado, com 1o de cada lado. Final do tempo normal, 1x1.
Na prorrogação, os dois times continuaram nas tentativas de gol, com boas chances de cada lado, porém o que restou mesmo foi a cobrança de pênaltis.
O destaque dos pênaltis foi para o goleiro Muslera, que defendeu a cobrança de Tevez. O resultado final dos pênaltis: Uruguai 5 x 4 Argentina. No fim, os aplausos finais foram pra Diego Forlán, que continua na competição.

O Uruguai enfrenta o Peru (uma grande surpresa) nas semi-finais, que derrotou a Colômbia por 2x0 na prorrogação.

E que vantagem leva a Argentina disso tudo?? Não vão precisar arrumar as malas, pois já estão em casa.

E amanhã, vamos preparar os corações pois o Brasil entra em campo novamente contra o Paraguai. Mais um jogo que promete fortes emoções. Eu gostaria de ver uma final Brasil x Uruguai e vocês?

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Podemos confiar, Mano?



Por: Paulo Vitor Moraes

A seleção brasileira começou a Copa América muito mal. Um empate insosso diante da fraca Venezuela em 0x0, já dava presságios de que as coisas não iriam andar como a torcida brasileira queria. Na partida contra o Paraguai, uma modificação no time titular, e mais um empate, desta vez em 2x2 contra o Paraguai. E não custa nada lembrar que foi um empate conseguido nos acréscimos, com um gol de Fred.

Podemos analisar alguns pontos nessas duas partidas, claro que pontos negativos, pois praticamente não houveram os positivos. Primeiro, o irritante preciosismo dos nossos atacantes. Um drible a mais, um toque de chapa quando se pode fazer o gol de bico (sim, é gol do mesmo jeito) e as firulas desnecessárias. Parece as vezes, que os jogadores de frente não tem fome de gol, não querem ganhar a partida. A apatia de alguns que estão em campo também é visível. Lucas Leiva, Robinho e Daniel Alves parecem estar de mal com a boa vontade.

Para o jogo de hoje, Mano provavelmente voltará com Robinho em lugar de Jadson. O que se espera do primeiro é que ele retome a sua forma impetuosa de jogar futebol, como foi em outrora. Outra provável mudança é a entrada de Maicon em lugar de Daniel Alves. O cochilo no segundo gol do Paraguai e a já citada apatia parecem ter custado ao lateral do Barcelona a sua posição no time titular.

Nessa terceira e decisiva partida da primeira fase, nós brasileiros esperamos que a Seleção finalmente faça a sua estréia na competição. Esperamos uma entrega maior por parte dos jogadores, esperamos vontade real de vencer a partida e esperamos também uma segurança maior de Mano Menezes ao escalar o time e ao fazer substituições. Ele anda perdidinho, perdidinho.

Twitter: @PauloMoraes85

terça-feira, 12 de julho de 2011

A Argentina dos argentinos



A Argentina conseguiu sua primeira vitória na Copa América, e com mérito!
Sergio Batista acertou tirando Tevez e colocando Higuaín em seu lugar, que por sua vez entrou bem em campo, mesmo sem conseguir uma finalização. Perdeu inúmeras oportunidades jogando a bola pro alto. (Seria ela a Jabulani??)

Os nomes do jogo foram: Messi, Aguero e Di Maria. Com Higuain mais à frente, Messi teve facilidade em trabalhar a bola e dar passes muito precisos, que culminaram em dois dos três gols argentinos. A noite era realmente dele. Rápido, esperto, colocou todo mundo na cara do gol. Uma atuação de gala, típico do melhor do mundo!
Aguero foi outro importante jogador em campo. Autor de dois gols, não teve dificuldades nas finalizações. Di Maria fechou a festa argentina, com um belo gol.
A Costa Rica, por outro lado, não passou de coadjuvante no jogo. Atrapalhou um pouco? Sim, mas nada que apagasse o brilho da Argentina.

Mesmo com a vitória, a Argentina ainda tem que se consolidar em campo. A defesa ainda tem algumas oportunidades. O meio de campo, por enquanto, está bem servido, assim como o resto do sistema ofensivo. A Seleção da Costa Rica é fraca, temos que levar isso em consideração. Foi uma bela atuação da Argentina, mas o adversário deu uma contribuição significativa.

É essa a Seleção que os argentinos esperam para a próxima fase, o próximo adversário provavelmente seja o Uruguai, que tem organização e mais jogo que a Costa Rica, mas falta apenas se encontrar na Copa América. Se for assim, a Argentina tem que trabalhar tão bem quanto no jogo de ontem.



domingo, 10 de julho de 2011

Colômbia - a melhor do Grupo A



Em mais um belo jogo apresentado, a Colômbia provou que, até o momento, é a melhor seleção da Copa América. Neste domingo derrotou a Bolívia por 2x0 e garantiu sua vaga nas quartas de final como primeira colocada no grupo A.

Apesar de se armarem bem ofensivamente, a Bolívia não resistiu à pressão do contra-ataque colombiano. Aos 14 minutos, Falcão Garcia recebeu livre, cara a cara com o goleiro e marcou o primeiro gol. Pouco depois, foi a vez do lateral Armero que entrou livre na área e foi derrubado - pênalti. Falcão Garcia cobrou e ampliou a vantagem colombiana ainda no primeiro tempo.

Apesar da derrota parcial, a Bolivia continuo com a proposta inicial de inibir o ataque colombiano e criou poucas chances no ataque, dando mais oportunidades de contra ataque ao time adversário.
A volta do segundo tempo deu um pouco mais de ânimo à Bolivia, que voltou a pressionar a Colômbia a acelerou seu ritmo de jogo. Mas a tática não deu certo, pois os colombianos continuaram aproveitando as oportunidades do contra-ataque, voltando a criar diversas chances de gol, desperdiçadas pelos atacantes.

É... a Colômbia vem apresentando um bom jogo, um time consolidado e com boas chances de briga pelo título.

Será que tem outra seleção para desbancá-la? Aguardem cenas dos próximos capítulos.

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Argentina x Colômbia - Mais um empate, mais uma decepção!



Argentina e Colômbia abriram a segunda rodada da Copa América ontem à noite.
Foi um bom jogo, a Colômbia mostrou um time extremamente organizado e bem definido. Teve boas oportunidades de gols com Moreno e Falcão Garcia ainda no primeiro tempo, tendo perdido um gol incrível aos 25 minutos num erro de recuo de Millito, onde Moreno ficou de cara para o gol vazio, mas chutou a bola pra fora.
Com muita disciplina, os colombianos roubavam a bola dos argentinos com facilidade e praticamente sem cometer faltas.
Quanto a Argentina, também teve algumas oportunidades de gol, mas que não levaram tanto perigo quanto a Colômbia. Com a distribuição em campo mal feita, Messi teve novamente uma atuação ruim...o melhor do mundo mostrou que está bem abaixo do seu nível e com isso, complicou a vida dos argentinos.

No segundo tempo, a Argentina tentou pressionar, mas sem sucesso. Diante disso, Sergio Batista fez duas substituições, mas que não fizeram muita diferença. Do outro lado, a Colômbia continuava a dar trabalho ao goleiro Romero, que pode sua vez, fez um bom jogo impedindo as chances de gol dos colombianos. Embora com todas as oportunidades, a Colombia não conseguiu nenhuma finalização e o jogo terminou em 0x0. Com esse resultado, a Colômbia manteve-se em primeiro no grupo A.
Ao término do jogo, os argentinos deixaram o campo debaixo de vaias da torcida, que mais uma vez deu um show a parte, bem acima do merecimento do time.

É.... essa Copa América promete trazer muitas surpresas ainda para os próximos jogos. E diante de tantas zebras, em quem você aposta?

terça-feira, 5 de julho de 2011

De Salto alto na Copa América

O início da Copa América 2011 não foi tão empolgante quanto muitos esperavam.

O que se viu, na verdade, não passou de simples jogos, sem muitas oportunidades.

Los hermaos argentinos não passaram de um empate com a fraquíssima Bolívia. Jogo sem graça que com certeza decepcionou e muito os cerca de 40 mil espectadores presentes no estádio. Nos primeiros 45 minutos, quase nenhuma jogada de perigo foi vista em ambos os lados. Os primeiros gritos foram dos bolivianos, que balançaram a rede no início do segundo tempo. A partir daí, viu-se uma Argentina mais apática que de início e que demorou para reagir até que com grande esforço, conseguiu o empate.


Colômbia e Costa Rica protagonizaram mais um jogo de baixo nível técnico e tático. A Costa Rica, assim como o México, foi uma seleção convidada a participar do campeonato. Apesar de sua seleção ser praticamente composta por jogadores sub-23 e com três titulares do time principal, a atuação podia ter sido menos "feia".

As fragilidades do adversário só reforçaram mais ainda a fraca atuação colombiana. Salvo uns dois jogadores que levavam o time pra frente e que chamaram a atenção não só pela jogada que terminou no único gol da parida, mas sim porque a dupla teve velocidade e dinamismo, apagando a estrela do time.


E o Brasil?? Para o Brasil faltou TUDO. Nervosismo de estréia? Pode até ser, mas não dá pra encarar essa desculpa visto que o Brasil não criou mais que cinco chances no jogo contra a VENEZUELA. Jogo feio, chato, uma pelada, na verdade. Ganso fez tudo que podia, ou seja, nada!! Melhor seria Ronaldinho Gaúcho dando passes lá na frente, que isso ele sabe fazer bem. E Neymar? No comments.

Em vantagem mesmo ficou a Venezuela que saiu vibrando com o empate em 0 a 0, como se fosse uma vitória.


Paraguai e Equador também ficaram no 0x0, aliás esse parece ser a base do grupo B. O Paraguai era favorito e sendo assim, dominou o primeiro tempo e por pouco não fez um gol aos 12 minutos. Aos poucos, o Equador equlibou o embate e também quase balançou as redes. Mas no final, o empate sem gols foi o que restou, fazendo a classificação do grupo B embolar, já que todas as equipes tem a mesma pontuação e mesmo saldo de gols (zero).


O terceiro dia foi o que mais empolgou. No jogo Uruguai x Peru, os Celestes eram os favoritos por serem os melhores sulamericanos na última copa, sob o comando de Diego Fórlan. O atacante fez por onde, jogou bem e teve algumas oportunidades de gol. Maaas, a zebra da Copa América novamente atuou, com o Peru marcando primeiro. O Uruguai, por sua vez, lutava contra o tempo e correu atrás do empate conseguido através dos pés de Suárez. Jogo empolgante? Nem tanto. O placar ficou em 1 a 1.


México e Chile finalizaram a primeira etapas de jogos da primeira fase. E diga-se de passagem, o melhor jogo de todos, com o Chile jogando bem durante todo o jogo. O México, ultra desfalcado de vido o episódio envolvendo prostitutas e jogadores, sentiu desde o início a dificuldade do jogo. O Chile criou oportunidades de gols através de ataques e faltas. Até que num rápido contra ataque o México abriu o placar com um gol de cabeça.

O Chile voltou ao segundo tempo mantendo sua vantagem técnica e encontrou o caminho do empate através de um escanteio. A equipe chilena teve o equilibrio e tranquilidade suficiente para virar o jogo e garantir a vitória por 2x1. O resultado levou a torcida de cerca de 20 mil chilenos ao delirio e garantiu a equipe como primeiro do grupo C.


Ainda tem muita bola pela frente. Alguns times eram favoritos no papel, mas os resultados da primeira fase fizeram essas previsões cair por terra.

A nós espectadores, vale a torcida por pelo menos melhores jogos e é claro, o Brasil na final.



Por: Giselle Lopes

Nova colaboradora

Caros leitores, a partir de agora teremos Giselle Lopes como a mais nova colaboradora do blog. Entendendo que é necessário expor aqui a visão do futebol por uma mulher, fizemos esse convite.

Ela falará sobre os jogos da Copa América na coluna "De salto alto na Copa América".

Vocês irão gostar!

Seja bem vinda, Gi!

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Wellington Paulista de saída?



*Foto: r7.com


Por: Paulo Vitor Moraes

O blogueiro do Lancenet, Benjamin Back, escreveu hoje em sua página que o atacante Wellington Paulista está negociando a sua ida para o Internacional. O mesmo não tem sido aproveitado no time titular.

O atacante foi contratado sem o consentimento de Felipão, que como sempre, só quer contar com jogadores que ele confie. Não importa se for um perna-de-pau, o treinador do Palmeiras quer trabalhar com jogador por simpatia.

Vejamos o caso de Adriano “Michael Jackson”. O jogador tem se esbaldado nas farras, chegando atrasado aos treinamentos, e o mais grave, tem meses que não marca um mísero gol.

Mas Felipão gosta do jogador, que até agora não mostrou qualidade alguma para vestir a camisa do clube.

Wellington Paulista é hoje, depois de Kleber, o melhor atacante que o Palmeiras tem, e liberá-lo para ficar com Adriano no elenco é no mínimo uma incoerência.

Título engatilhado




Por: Paulo Vitor Moraes

Ontem o Santos foi à Montividéu e empatou em 0x0 a primeira partida das finais da Libertadores.

Sinceramente, esperava mais do Peñarol. Um time sem qualidade, e que de cajú em cajú proporcionava perigo a defesa santista.

No final, o time uruguaio até tentou pressionar, fez um gol que foi bem anulado, mas não me convenceu de que pode chegar em São Paulo e conseguir conquistar o título.

O Santos só ia ao ataque na boa. Não foi aquele time ofensivo e rápido do jogo contra o Cerro Porteño, no Uruguai.

Porém, o time brasileiro tem bem mais qualidade, e acho que o título está engatilhado.

Tudo bem, terão pela frente a garra uruguaia, e o fato de ser uma final de campeonato pode enervar a partida , mas cá pra nós, jogando em casa, com o apoio da sua torcida e com Neymar, pra mim não dá outra a não ser o Santos.

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Divisão de base: valorizamos de verdade?



Por: Paulo Vitor Moraes

Ao ler algumas notícias ainda no mês de maio, no site português de futebol chamado “zerozero”, me deparo com uma notícia no mínimo curiosa. Luís Alberto, volante, ex-Bahia, está prestes a se transferir para o Porto. Isto mesmo. O jogador hoje atua no Nacional da Ilha da Madeira. E por que compartilhar esta notícia com vocês? É simples. Para termos noção da falta de critério com que nós torcedores, e também a imprensa, avaliamos nossas pratas da casa.

Luis Alberto nunca foi um jogador extraordinário, longe disso, mas sempre foi um bom volante. Muitas vezes era inconseqüente em campo, o que lhe ocasionava muitas expulsões, mas qualidade ele demonstrava. O que faltava era maturidade. O jogador sempre foi muito questionado por torcedores e imprensa, e já foi vaiado várias vezes na Fonte Nova. Cícero, foi outro exemplo de impaciência e de desvalorização dos meninos da base, por parte de torcedores e imprensa.

Fazendo uma comparação com o cenário atual, dou como exemplo Omar e Rafael. O primeiro, fez bons jogos na Série B do ano passado, sempre que era solicitado. Ao ver Thiago falhar diversas vezes no Campeonato Baiano, a torcida gritava nas arquibancadas de Pituaçú o nome do garoto. Logo vieram as primeiras falhas e com elas os questionamentos. Choveram críticas ao jovem goleiro, e na primeira oportunidade que tiveram, tiraram a titularidade dele. Já Rafael, visto com muito bons olhos no Sul/Sudeste pela imprensa, depois da Copa São Paulo que fez, já teve a sua vez de ouvir críticas a seu respeito. Coisas do tipo: “Não é atacante para o Bahia!” e “A camisa do profissional pesou!”. Agora eu pergunto: São justas as críticas a esses jogadores? A torcida do Bahia, juntamente com a imprensa tem tido mais paciência com jogadores trazidos de fora, do que com os da base? Eu acho que as críticas são injustas, e que se têm mais paciências com jovens refugos vindos de times do Sudeste, do que com nossas crias.

Não é fácil para uma torcida acostumada a vencer, ficar nove anos sem títulos, e ter a paciência de outrora. Mas em se tratando de jogadores formados no clube, a torcida tem que reservar uma cota dessa paciência. A safra que vem por aí, segunda coloca na Copa São Paulo, já mostrou que tem qualidade, e que muitos poderão vestir a camisa de titular do time. E o meu receio é de que, se avaliem esses jogadores no futuro, de forma açodada. Concordo que não se pode colocá-los em qualquer situação, porém arriscar é preciso. Isto, se quisermos revelar, ganhar títulos e obtermos lucro com esses garotos.

segunda-feira, 13 de junho de 2011

As desigualdades futebolísticas




Por: Paulo Vitor Moraes

Um assunto me chamou atenção na semana passada. O problema que envolveu o Bahia, Jobson e o Atlético MG trazem à tona discussões a cerca dos contratos feitos em algumas negociações. Contratos em que os jogadores ao serem emprestados, principalmente os que não trazem ônus para quem contrata, se comprometem por meio de cláusulas, a não jogar contra a sua antiga equipe.

Isso deixa claro, as desigualdades financeiras entre os clubes no futebol brasileiro, já que a diretoria do clube de menor porte, sem recursos para bancar de forma integral o salário do jogador, pede o famoso “meio a meio”, e só paga 50% dos vencimentos do atleta, e em algumas vezes até 40%. Isso obriga que o clube que detém os direitos federativos do jogador, insira no contrato uma cláusula que o impede de jogar contra si.

No elenco atual do Bahia, há vários atletas nesta situação. Já tivemos as ausências de Marcelo Lomba e Camacho contra o Flamengo, de Thiego contra o Grêmio e tantos outros casos como estes irão acontecer durante este campeonato. Souza, Lulinha, Boquita e Dodô, por exemplo, não poderão nem ficar no banco de reservas no confronto com o Corinthians. O clube paulista paga parte dos salários destes jogadores, por isso existe a cláusula no contrato. E para não dizer que não falei de flores, o Bahia emprestou Vander para o Flamengo, sem ônus para o clube carioca, porém, a revelação do tricolor em 2010, não poderá jogar contra o seu ex-time no jogo de volta no Rio de Janeiro.

O que percebo é que nossas equipes, enfraquecidas economicamente, tendem sempre a contratar jogadores encostados nos clubes do eixo Sul/Sudeste, e sem condições de bancar o empréstimo ou todo o salário do jogador, se prestam a este papel. Agora, até que ponto vale à pena? No caso do Bahia, que tem tantos jogadores nesta situação, quando neste Campeonato Brasileiro, René Simões irá repetir uma formação?

Que as diretorias dos nossos clubes reflitam...

terça-feira, 7 de junho de 2011

Um adeus fenomenal



Por: Paulo Vitor Moraes

Hoje Ronaldo fará sua despedida com a camisa que marcou muitos gols, a camisa da Seleção Brasileira...

Camisa que ele conquistou duas copas...

Ou melhor, que se tornou o maior artilheiro delas.

Serão somente quinze minutos em campo, mas que será suficiente para deixar-nos saudosos.

Muitas vezes penso que para este tipo de jogador, o tempo não deveria passar...

Mas já que isso não é possível, pelo menos suas arrancadas e seus gols ficarão nos arquivos e nas nossas memórias, para serem reproduzidos sempre que der saudades.

Sem dúvidas, um dos maiores jogadores que vi jogar.

Obrigado, Ronaldo!

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Reforçar é preciso



Por: Paulo Vitor Moraes

Ontem o Bahia conheceu a sua segunda derrota no Campeonato Brasileiro da Série A. Alguma surpresa? Não. O time, na maior parte do jogo, esteve perdido no seu sistema defensivo. Aí eu pergunto novamente: Surpresa? Também não. Quem tem visto os jogos do Bahia desde o Campeonato Baiano sabe do que estou falando. No ataque, só o guerreiro e solitário Jobson, que voltou para buscar as jogadas, partiu pra cima dos zagueiros gremistas e chutou à gol. Foi o melhor do time, sem dúvidas.

Agora, falando mais profundamente de cada setor, temos visto uma defesa que causa calafrios ao seu torcedor. Titi, sempre muito bem no desarme, não tem a mesma qualidade nas bolas aéreas, e Danny Morais, ah, esse se pudesse eu nem comentava. Lento, mal posicionado e sem nenhuma combatividade. Tudo bem, o jogador ficou seis meses em inatividade e busca ritmo de jogo, mas para mim, René precisa pensar de forma urgente em um substituto, pois o mesmo não mostrou nenhuma virtude. Na lateral direita, Gabriel, improvisado, foi mais contido ontem por ordem do treinador. Na esquerda, Avine teve uma atuação razoável, mas bem abaixo daquele pode render.

O meio campo é outro ponto crítico do time. Os volantes são frouxos na marcação, deixam os meias adversários criar, e não dão cobertura aos laterais. Fahel, sempre lento, tem um futebol burocrático, e Marcone é aquele mesmo que conhecemos, erra muitos passes e não tem regularidade durante os campeonatos. Camacho, aaah...este aí não tem uma função definida na equipe. Não marca, não alimenta os atacantes, não chuta em gol, enfim, é um peso morto em campo. Já Lulinha tem se movimentado bem, caindo pelas pontas e tentando as jogadas individuais. Tem sido um desafogo nos contra-ataques e para mim deve continuar como titular mesmo depois das entradas de Ricardinho e Carlos Alberto no time.

Com relação ao ataque, no início do texto me referi à Jobson como um guerreiro solitário, o que poderia parecer aos desinformados que o Bahia tem jogado com somente um atacante. É quase isso, já que Souza tem confirmado a sua fama de centroavante sem presença de área e sem recursos técnicos. Fama esta que ele carrega desde os tempos de Flamengo e Corinthians.

Diante deste panorama, fica evidente a necessidade de reforçar este time. As contratações de Ricardinho, Carlos Alberto, Paulo Miranda e Nikão não são suficientes para uma campanha digna em um campeonato longo e competitivo. A defesa, desde o início do ano, tem escancarado um problema que parece sem resolução: a bola aérea. Além disso, o meio precisa de um volante pegador, ou conhecido como “perdigueiro”. No ataque se faz urgente a vinda de um centroavante goleador, que seja a referência na área, e que esteja bem posicionado sempre que Jobson e Lulinha escaparem pelas pontas.

domingo, 5 de junho de 2011

Bola cantada



Foto: futebolparanaense.net


Por: Paulo Vitor Moraes

Ontem o Atlético PR perdeu para o Palmeiras por 1x0 e conheceu sua terceira derrota no Campeonato Brasileiro.

Antes, tinha perdido na estréia por 3x0 para o Atlético MG, e Grêmio por 1x0 na Arena da Baixada.

São cinco gols sofridos e nenhum assinalado...

Um início de campeonato pífio para o furacão.

Sem a menor pretensão em dar uma de Milton Neves, eu profetizei o início de campeonato ruim que o time teria. E mais, disse que com este time que aí está o Atlético seria um sério candidato ao rebaixamento.

Mas não é só o time que preocupa. O treinador também pode ajudar muito na derrocada.

Adilson Batista fez um trabalho sólido no Cruzeiro, porém suas passagens por Corinthians e Santos foram vexatórias.

Ele tem a fama de "professor pardal"...

E não está dando um formato de time ao Atlético.

Lembro-me, que ao golear o Bahia por 5x0 na Arena da Baixada,pela Copa do Brasil, eu comentei com alguns amigos: “Este time do Atlético é fraco para o Brasileirão!”.

Alguns me diziam que eu estava enlouquecendo, já que estava vendo o meu time ser goleado de forma vergonhosa.

Pois bem, amigos, um time que depende tanto das bolas paradas de Paulo Baier, não surpreende ao estar nesta situação.

Se a diretoria do rubro-negro não acordar agora, poderá ter pesadelos com a Série B.

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Torcedores do Santos continuam detidos



Por: Paulo Vitor Moraes

Cerca de 61 membros de uma torcida organizada do Santos continuam detidos no Paraguai.

Eles são acusados de roubos, agressões e arruaças em Assunção. Tudo isso, depois do jogo em que o time brasileiro empatou em 3x3 com o Cerro Porteño, e garantiu presença na final da Libertadores.

Os mesmos disseram que estão presos só porque revidaram as pedradas dos torcedores paraguaios.

E pior, acusam a polícia paraguaia de extorqui-los.

Um diretor do Santos tentou interceder por eles, mas sem sucesso.

Agora, membros da torcida organizada santista estão organizando um protesto em frente à embaixada paraguaia em São Paulo, para que os presos sejam liberados lá no Paraguai. Além disso, a torcida cobra uma atitude do governo brasileiro.

É, parece que o Brasil ficou pequeno para estes “santos” torcedores...

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Vistas grossas


Foto: UOL


Por: Paulo Vitor Moraes

Na noite desta quarta-feira (01), mais um incidente aconteceu em um estádio sulamericano.

Desta vez a torcida do Cerro Porteño arremessou um objeto no campo atingindo Muricy.

E o que vai dar nesta história? Absolutamente NADA!

A busca incessante de se educar os torcedores punindo os times com perda de mando de campo no futebol brasileiro, parece não inspirar a Conmebol a fazer o mesmo.

Nos campeonatos organizados pela entidade máxima do futebol sulamericano, pedradas, invasões de campo, pancadarias após as partidas é completamente normal. Nada pega, como se diz na gíria.

E assim, o histórico desta entidade de conivência com a violência e a desordem nos estádios continua.

Botafogo dobra receita com patrocinadores


Foto: Lancenet

Por: Paulo Vitor Moraes

A diretoria do Botafogo comemora mais um contrato de patrocínio fechado para estampar nas mangas da camisa. Foi divulgado nesta terça-feira (31) o contrato com o grupo Chevron, mas sem revelar os valores. A marca a ser estampada é a dos lubrificantes Havoline, da Texaco. Estes produtos são comercializados em diversos postos de combustíveis do Rio de Janeiro, inclusive os da Ale, atual parceira do clube carioca.

O diretor comercial da mais nova parceira do Botafogo declarou que é a primeira vez que a empresa investe no futebol, e ainda deu uma declaração importante: “Não poderíamos ficar de fora, já que vem aí a Copa do Mundo e as Olimpíadas no Brasil”. Isso deixa claro que os clubes brasileiros irão faturar muito com patrocínios até a Copa do Mundo e as Olimpíadas no país, como nunca faturaram em suas historias, já que até lá, os olhos do mundo se voltarão para o futebol tupiniquim. O clube de General Severiano já sente os impactos positivos da proximidade destes eventos no país, segundo o diretor executivo do clube, o alvinegro conseguiu dobrar sua receita com patrocínios em relação ao ano de 2008, passou de R$ 7,5 milhões para aproximadamente R$ 14 milhões.

Cabem agora os dirigentes se articularem e buscarem outras alternativas de receitas, pois, iremos viver um momento jamais visto, com muita valorização do nosso futebol e principalmente das marcas dos clubes.

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Como nos velhos tempos



Por: Paulo Vitor Moraes

Quem foi ao estádio de Pituaçú ontem, ou assistiu a partida entre Bahia e Flamengo pela TV viu um jogão de bola. Um jogo digno de um de estádio lotado, como foi. A torcida do Bahia, matando a saudade de um jogo de série A dentro de casa, deu um show nas arquibancadas. Cantando, pulando e exibindo o seu bandeirão, os torcedores tricolores fizeram a sua parte. Já a torcida do Flamengo presente no estádio, era formada em sua grande maioria por torcedores do interior da Bahia e de alguns estados do Nordeste. Os mesmos não ficaram para trás, cantavam o hino do clube carioca e chegaram até a gritar “olé” no segundo tempo da partida.

Falando um pouco sobre o embate em campo , foi muito movimentado e com muitos gols. No primeiro tempo o que se viu foi um Bahia com muita velocidade, acionando muito o Jobson nos contra-ataques, e sendo puxado também com velocidade pelo lateral direito improvisado, Gabriel. Já pelo lado rubro-negro, uma maior posse de bola, com jogadas muito perigosas pela direita com o lateral Galhardo, que aproveitou o buraco no lado esquerdo da defesa do Bahia.

No segundo tempo, com um time recuado, o Bahia viu o time carioca dominar a partida e virar o jogo. Aproveitando as falhas de marcação da defesa tricolor, o Flamengo passou a frente no placar e quase sai de Salvador com a segunda vitória no Brasileirão. Acabou cedendo o empate no final do jogo, e com um jogador a mais. Jobson, melhor em campo, recebeu a bola em grande jogada de Maranhão e empatou a partida em 3x3. Resultado que não foi justo, já que o Bahia teve um pênalti claro não marcado pelo árbitro Cléber Wellington Abade.

Durante toda semana a torcida do Bahia esperou com ansiedade pela reestréia em casa, na série A. E valeu a pena. Foi um jogo com muitos gols, estádio lotado e com o Bahia voltando à mídia nacional. Além de apresentar a torcida as suas principais contratações para o campeonato: Ricardinho e Carlos Alberto. E como não podia deixar de ser, um lance polêmico também apimentou o confronto. O jogão de ontem foi como nos velhos tempos!

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Santos: Fábrica de talentos e de dinheiro



Por: Paulo Vitor Moraes

Um dia desses, lendo uma matéria no portal da Revista Exame, uma reportagem sobre o faturamento do Santos com a venda de jogadores oriundos da sua divisão base me chamou atenção. O clube faturou nada mais nada menos que R$ 177,8 milhões de reais com vendas de jogadores do ano de 2004 para cá. E isso só foi possível graças à mudança de filosofia do clube, que nos anos 90 se rastejou com jogadores limitados nos seus elencos, e conquistou somente um Torneio Rio-São Paulo e uma Conmebol.

Em 2002 com a chegada de Emerson Leão ao comando do peixe, a diretoria passou a valorizar a prata da casa. Na época ilustres desconhecidos, Robinho, Diego, Léo e Elano conquistaram o Campeonato Brasileiro daquele ano. Em 2004 mais um título brasileiro com muitos jogadores da base. Fora os campeonatos paulista conquistados, a final da Libertadores e o caneco da Copa do Brasil em 2010.

Hoje, Robinho, Diego, André e Alex brilham na Europa, mas antes deixaram grandes receitas para o seu clube formador. Outros como Elano e Léo, que além de terem sido bem vendidos, foram repatriados e hoje ajudam o Santos a tentar mais um título estadual. Além de Neymar e Ganso que ainda brilham no Brasil , mas que em um futuro muito próximo serão os jogadores mais caros da história do nosso futebol, engordando ainda mais o caixa santista.

Ao contrário de muitos clubes no Brasil, a venda de jogadores é a principal receita do clube, e não as cotas da TV ou o dinheiro arrecadado nas bilheterias. E qual o segredo para faturar tanto com venda de jogadores jovens? É ter política de base. E isso não é somente formar um futuroso jogador e deixá-lo de lado somente para compor o elenco principal. Há de se ter uma cultura de utilizar esses jogadores e de se contratar pouco.

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Patrícia Amorim mostra sua força



Por: Paulo Vitor Moraes

Ser presidente do clube mais popular do mundo não é fácil.

Ainda mais quando se trata do Flamengo. Uma panela de pressão sempre prestes a estourar.

Politicagens, pressão da torcida, correntes contrárias dentro do clube... por tudo isso, um presidente do Flamengo tem que passar.

E Patrícia Amorim passou.

Depois do hexa-campeonato de 2009, Patrícia assumiu sob olhares desconfiados.

Não por ser mulher, mas por ser inexperiente no meio do futebol.

Mas ela vem superando tudo isso. Surpreendendo a muita gente.

Patrícia levou o eterno ídolo Zico para dentro do clube.

Mas teve que lhe dar com a politicagem do Presidente do Conselho fiscal.

Leonardo Ribeiro jogou denúncias contra Zico no ventilador.

O “galinho” não resistiu e pediu para sair.

Disse que não pretende mais trabalhar nos bastidores do clube da Gávea.

A partir daí se colocou em cheque o comando e a autoridade de Patrícia.

Na contratação de Ronaldinho Gaúcho, ela mostrou a sua competência.

Negociou de forma discreta, e deixou para trás Grêmio e Palmeiras.

Fechou com Ronaldinho. Uma jogada de marketing muito interessante (Se ele irá render dentro de campo, aí é outra história).

E agora, a maior vitória de Patrícia Amorim desde que tomou posse no Flamengo. Conseguiu homologar o título brasileiro de 87.

Algo que inúmeros cartolas sempre espernearam, porém nada conseguiram.

Essa mulher que chegou ao comando do Flamengo sem muita confiança, mostra que tem competência, que é brava.

Mostra que uma mulher pode conduzir de forma arrojada uma nação.

Parabéns, Patrícia!

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Entrevista com Paulo Carneiro



O blog Bastidores Futebol Clube inaugura sua sessão de entrevistas. E o primeiro a conversar conosco foi Paulo Carneiro. Ex-presidente do Esporte Clube Vitória e ex-diretor do Esporte Clube Bahia, Paulo compartilha conosco seu conhecimento sobre o futebol moderno e fala sobre Copa do Mundo no Brasil, Lei Pelé, repatriações dentre outras coisas.

BFC: Paulo, vem aí uma Copa do Mundo. O que o futebol brasileiro tem a ganhar com isso?

PC: Acho que muita coisa. Principalmente nos equipamentos esportivos. As novas Arenas vão estabelecer um novo padrão no país e irão influenciar na instalação e modernização de equipamentos menores. O Marketing Esportivo já experimenta um grande aquecimento com grande movimentação de empresas estrangeiras buscando parcerias no país e empresas brasileiras criando seus bureaux de marketing e promoções esportivas. Embalado pela crise econômica na Europa, os atletas começam a migrar para o Brasil, embora os negócios ainda deixem reféns os clubes, pois invadem propriedades comerciais quando os clubes deveriam ter receitas próprias para bancar essas contratações. E por último a expectativa de uma ampla reforma na estrutura de competições brasileiras por conta da demanda dos operadores das Arenas, que não vão aceitar abrir seus equipamentos esportivos para jogos e competições sem expressão. Essa pelo menos é a nossa expectativa.

BFC: Qual finalidade terão as arenas dos estados, cujo os principais times já tem estádio, como Pernambuco?

PC: São outros equipamentos e os clubes vão perceber que permanecer nos seus velhos estádios estarão na contra mão do negócio e de suas oportunidades.

BFC: E o estádio de Pituaçú. Você acha que se tornará um elefante branco?

PC: Acho que se abrirá uma grande oportunidade para locação desse estádio, tirando esse peso do Estado e determinando aí o nascimento e soerguimento de uma nova instituição esportiva com braço no entretenimento.

BFC: E sobre os sócios dos clubes. Sabemos que é uma grande fonte de receita. Você acha que os clubes brasileiros já acordaram para isso?

PC: Acho que sim. Mas a implantação definitiva em clubes médios e pequenos só se dará com essa reforma que comentei na sua primeira pergunta.

BFC: Sobre o processo de eleição dos clubes. Você acha que ainda somos muito atrasados?

PC: Temos uma estrutura societária advinda dos nossos colonizadores, os portugueses. Somos instituição sem fins lucrativos. Mas Portugal está mudando e nossa mudança deveria ter acontecido no final da década de 9.A Lei Pelé (1998 possibilitou que os clubes pudessem se transformar em sociedades empresárias). Interesses outros como briga pela audiência na TV Aberta e Fechada, determinaram uma mudança na legislação, inibindo a chegada de potenciais compradores de Ativos dos nossos clubes. Tenho certeza que esses Ativos do Vitória S/A, que recompramos em 2004 por míseros 500 mil dólares, ainda vão valer uma fortuna. Teríamos um futebol muito mais rico e organizados se os clubes tivessem outra modelo social e o Governo entrando com uma legislação tributária especial para esse segmento.

BFC: Paulo, qual a saída para acabar com o assédio de empresarios às promessas que ainda não tem idade mínima para ter contrato com seus clubes?

PC: Mas o assédio também são dos clubes grandes e fundos de investimento. Difícil, pois abaixo de 16 anos são ainda crianças e tratados pelo ECA(Estatuto da Criança e do Adolescente). Mas alguma coisa está vindo na reforma da Lei Pelé, como proibir que nessa idade esses jovens atletas tenham empresários.

BFC: No geral, qual o impacto da lei Pelé no futebol brasileiro?

PC: Determinou uma nova ordem econômica com o aumento da influencia de intermediários na geração de receitas dos clubes na venda de direitos federativos.

BFC: E essa "onda" de repatriações de craques brasileiros (Ronaldo, Roberto Carlos, Ronaldinho Gaúcho, Fred, Elano...). O que você acha?

PC: Já tratei acima. Me preocupa um pouco a forma dos negócios, aonde os atletas passam a ser mais importantes que os clubes.

BFC: O que empresas que ajudam a bancar o salários desses craques, ganham com esse investimento?

PC: Visibilidade.

BFC: Você, quando presidente do Vitória, gostava de contratar jogadores com nome (Túlio, Bebeto, Edílson, Vampeta...). Que tipo de benefícios essas contratações podem trazer ao clube?

PC: Um clube não pode viver sem um ídolo. Os benefícios são grandes no campo, com o aumento da eficiência da performance técnica e fora, agregando valor a marca, para potencializar receitas das propriedades comerciais do clube.

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Empresários x clubes



Por: Paulo Vitor Moraes

Poderíamos dar também como título desse texto, o seguinte duelo: Clubes x clubes. E esse embate não é dentro de campo, mas nos bastidores e muitas vezes até na justiça.
Com as divisões de base dos clubes em evidência graças à realização do maior torneio da categoria Jrs do mundo, a Copa São Paulo, resolvi registrar aqui a minha opinião sobre as brigas ferozes fora de campo por promessas das bases dos clubes.
E quando se fala em divisão de base, a Lei Pelé é a grande vilã. Isso porque os clubes tem tido um prejuízo incalculável, graças ao assédio que suas promessas tem sofrido por parte de empresários e até de outros clubes.
Jogadores com idade inferior a 16 anos, não podem assinar contratos, baseados na Constituição Federal de 1988, que considera essa idade como mínima para o trabalho, ficando os garotos sem qualquer vínculo com seu clube formador. Isso é um prato cheio para os clubes e empresários que tem a prática de assediar.
O que é mais comum ver são os empresários prometer mundos e fundos para as famílias desses garotos para tirá-los dos clubes, e dar uma condição de vida melhor. Casa, carro, notebooks, celulares de última geração e emprego aos pais. São inúmeras as promessas, e que na maioria das vezes são concretizadas. As famílias, que muitas vezes vivem numa condição financeira ruim, acabam cedendo facilmente. E os clubes formadores dançam.
Mas as brigas não ficam por aí. São Paulo, Internacional e Santos são os campeões de queixas de outros clubes por “tomarem” suas promessas sem ter qualquer ônus.
Agora, vamos a alguns questionamentos. A grande maioria desses garotos sofrem uma pressão nos clubes para render e trazer retorno, como se fossem profissionais. Na família, o garoto é a mina de ouro, o sustendo da casa. Dada tanta pressão, fazendo com que a promessa amadureça mais cedo como homem, porque não dar aos clubes o direito de assinar contrato antes dos 16 anos? O que falta para a Lei Pelé ser revista neste ponto? Já argumento para estipular esta idade mínima, é de que uma assinatura de contrato antes disso, poderia prejudicar a formação do garoto. Então, não há uma incoerência da lei?
Os clubes tem que ter o retorno, sim. Muito dinheiro é investido nesses meninos, que tem toda a assistência e estrutura como: Alimentação, moradia, psicólogos, dentistas, curso de idiomas (alguns até particulares). Todo esse investimento é em vão?
Será que os clubes continuarão privando suas promessas de disputar competições internacionais e até nacionais por causa do assédio?

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Ronaldinho: o que esperar dele?



Por: Paulo Vitor Moraes

A qualidade técnica de Ronaldinho Gaúcho é indiscutível.

Sua capacidade de surpreender com jogadas formidáveis é muito grande.

Porém, indiscutível também é sua paixão pelas noitadas.

Samba, bailes funk e belas mulheres. Tudo isso deverá ser rotina para Ronaldinho no Rio de Janeiro.

Ao menos é o que falam os amigos do jogador. E ele mesmo não faz questão de esconder o gosto pela badalação da noite carioca.

A ousadia e o esforço da presidente Patrícia Amorim foi muito grande. Surpreendente até.

Ronaldinho receberá do Flamengo cerca de R$ 1,3 milhão por mês. Quase o mesmo salário ganhava no Milan.

Que ele merece ganhar tudo isso, ninguém contesta. Apesar de estar muito acima dos padrões brasileiros.

Em contrapartida o jogador atrairá vários patrocinadores. O que renderá ao clube muito dinheiro.

Mas algumas dúvidas ficam no ar: Ronaldinho será notícia por causa das suas noitadas ou pelas belas jogadas em campo?

Que efeito terá no elenco e na comissão técnica do clube carioca, a chegada do craque?

Tudo bem, Ronaldinho nunca foi um jogador desagregador. Pelo menos não se tem notícias sobre isso.

Mas, saberá Luxemburgo lhe dar com as farras do jogador?

Aquelas, que irritaram Dunga e o tiraram da Copa da África.

E com certeza o Gaúcho terá privilégios. Mesmo não sendo assumidos pela diretoria rubro-negra.

Isso seria bem aceito pelo elenco? Por Luxemburgo?

São perguntas que ficam no ar, e que só o tempo irá respondê-las.

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Caso Neymar ainda rende



Por: Paulo Vitor Moraes

O caso da indisciplina de Neymar não teve um fim.

Agora, muita coisa está sendo jogada no ventilador por Roberto Brum.

Com a dispensa desrespeitosa, o jogador resolveu colocar a boca no trombone.

Com declarações polêmicas, Brum despertou a ira da diretoria santista.

O jogador contou que após o ato de indisciplina de Neymar, no jogo contra o Atlético-GO, quando o mesmo discutiu com o treinador Dorival Jr, o elenco cobrou uma punição para o garoto mimado.

E Dorival, o puniu, tirando-o do jogo contra o Guarani.

Fato que chateou os abonados investidores, que dão suporte a gestão do presidente Luis Álvaro.

Roberto Brum também revelou um absurdo: Os jogadores foram ameaçados pelos investidores de não receber os salários caso a punição de Neymar perdurasse, e o jogador não atuasse no clássico contra o Corinthians.

Esses empresários são os mesmos que arcam com parte da folha do Santos, incluindo os salários de Neymar, e que também pediram a cabeça de Dorival.

As declarações foram dadas a uma emissora de TV que pertence à família do ex-presidente do Santos, Marcelo Teixeira. O mesmo é desafeto de Luís Álvaro.

As revelações de Roberto Brum abrem uma discussão: Até que ponto empresários que investem nos clubes de futebol, devem interferir em situações relacionadas ao elenco?

É claro que é muito bom ter pessoas que entrem com capital nos clubes, principalmente para contratações, mas o que aconteceu no Santos deixa clara a submissão da diretoria do clube.

Investidores não podem exercer o papel de presidente de clube de futebol e nem de diretor.

Que esta situação sirva de exemplo para outros clubes brasileiros.

Investidores pensam no dinheiro deles, ou seja, querem lucro. Pouco importa se suas interferências vão de encontro com os interesses da diretoria ou da torcida.