quarta-feira, 15 de junho de 2011

Divisão de base: valorizamos de verdade?



Por: Paulo Vitor Moraes

Ao ler algumas notícias ainda no mês de maio, no site português de futebol chamado “zerozero”, me deparo com uma notícia no mínimo curiosa. Luís Alberto, volante, ex-Bahia, está prestes a se transferir para o Porto. Isto mesmo. O jogador hoje atua no Nacional da Ilha da Madeira. E por que compartilhar esta notícia com vocês? É simples. Para termos noção da falta de critério com que nós torcedores, e também a imprensa, avaliamos nossas pratas da casa.

Luis Alberto nunca foi um jogador extraordinário, longe disso, mas sempre foi um bom volante. Muitas vezes era inconseqüente em campo, o que lhe ocasionava muitas expulsões, mas qualidade ele demonstrava. O que faltava era maturidade. O jogador sempre foi muito questionado por torcedores e imprensa, e já foi vaiado várias vezes na Fonte Nova. Cícero, foi outro exemplo de impaciência e de desvalorização dos meninos da base, por parte de torcedores e imprensa.

Fazendo uma comparação com o cenário atual, dou como exemplo Omar e Rafael. O primeiro, fez bons jogos na Série B do ano passado, sempre que era solicitado. Ao ver Thiago falhar diversas vezes no Campeonato Baiano, a torcida gritava nas arquibancadas de Pituaçú o nome do garoto. Logo vieram as primeiras falhas e com elas os questionamentos. Choveram críticas ao jovem goleiro, e na primeira oportunidade que tiveram, tiraram a titularidade dele. Já Rafael, visto com muito bons olhos no Sul/Sudeste pela imprensa, depois da Copa São Paulo que fez, já teve a sua vez de ouvir críticas a seu respeito. Coisas do tipo: “Não é atacante para o Bahia!” e “A camisa do profissional pesou!”. Agora eu pergunto: São justas as críticas a esses jogadores? A torcida do Bahia, juntamente com a imprensa tem tido mais paciência com jogadores trazidos de fora, do que com os da base? Eu acho que as críticas são injustas, e que se têm mais paciências com jovens refugos vindos de times do Sudeste, do que com nossas crias.

Não é fácil para uma torcida acostumada a vencer, ficar nove anos sem títulos, e ter a paciência de outrora. Mas em se tratando de jogadores formados no clube, a torcida tem que reservar uma cota dessa paciência. A safra que vem por aí, segunda coloca na Copa São Paulo, já mostrou que tem qualidade, e que muitos poderão vestir a camisa de titular do time. E o meu receio é de que, se avaliem esses jogadores no futuro, de forma açodada. Concordo que não se pode colocá-los em qualquer situação, porém arriscar é preciso. Isto, se quisermos revelar, ganhar títulos e obtermos lucro com esses garotos.

Um comentário:

  1. mais falando do time titular Junior vai tira aquele médiucri de titular né torçedor

    mande a resposta pra esse link: niel_dentinho@hotmail.com

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