sexta-feira, 6 de maio de 2011

Santos: Fábrica de talentos e de dinheiro



Por: Paulo Vitor Moraes

Um dia desses, lendo uma matéria no portal da Revista Exame, uma reportagem sobre o faturamento do Santos com a venda de jogadores oriundos da sua divisão base me chamou atenção. O clube faturou nada mais nada menos que R$ 177,8 milhões de reais com vendas de jogadores do ano de 2004 para cá. E isso só foi possível graças à mudança de filosofia do clube, que nos anos 90 se rastejou com jogadores limitados nos seus elencos, e conquistou somente um Torneio Rio-São Paulo e uma Conmebol.

Em 2002 com a chegada de Emerson Leão ao comando do peixe, a diretoria passou a valorizar a prata da casa. Na época ilustres desconhecidos, Robinho, Diego, Léo e Elano conquistaram o Campeonato Brasileiro daquele ano. Em 2004 mais um título brasileiro com muitos jogadores da base. Fora os campeonatos paulista conquistados, a final da Libertadores e o caneco da Copa do Brasil em 2010.

Hoje, Robinho, Diego, André e Alex brilham na Europa, mas antes deixaram grandes receitas para o seu clube formador. Outros como Elano e Léo, que além de terem sido bem vendidos, foram repatriados e hoje ajudam o Santos a tentar mais um título estadual. Além de Neymar e Ganso que ainda brilham no Brasil , mas que em um futuro muito próximo serão os jogadores mais caros da história do nosso futebol, engordando ainda mais o caixa santista.

Ao contrário de muitos clubes no Brasil, a venda de jogadores é a principal receita do clube, e não as cotas da TV ou o dinheiro arrecadado nas bilheterias. E qual o segredo para faturar tanto com venda de jogadores jovens? É ter política de base. E isso não é somente formar um futuroso jogador e deixá-lo de lado somente para compor o elenco principal. Há de se ter uma cultura de utilizar esses jogadores e de se contratar pouco.

3 comentários:

  1. O Santos é mesmo um exemplo a ser seguido, parece mesmo uma fábrica que nunca vai parar de produzir craques... Diferente do Vitória e do Bahia, que criam os meninos desde pequenos e na maioria das vezes vendem por um preço risível! No futebol, precisa ser profissional pra jogar, dirigir, treinar e empresariar, se não for assim, a coisa não anda! Bacana seu texto, Paulete!

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  2. O futebol brasileiro é muito amador ainda, muitos times ainda estão na era do coronelismo. Os que não carregam mais esse fardo se destacam no cenário nacional.

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  3. Discordo. Pra mim a melhor divisão de base se encontra em Salvador, é a do Esporte Clube Vitória ! huahauhau

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