segunda-feira, 13 de junho de 2011
As desigualdades futebolísticas
Por: Paulo Vitor Moraes
Um assunto me chamou atenção na semana passada. O problema que envolveu o Bahia, Jobson e o Atlético MG trazem à tona discussões a cerca dos contratos feitos em algumas negociações. Contratos em que os jogadores ao serem emprestados, principalmente os que não trazem ônus para quem contrata, se comprometem por meio de cláusulas, a não jogar contra a sua antiga equipe.
Isso deixa claro, as desigualdades financeiras entre os clubes no futebol brasileiro, já que a diretoria do clube de menor porte, sem recursos para bancar de forma integral o salário do jogador, pede o famoso “meio a meio”, e só paga 50% dos vencimentos do atleta, e em algumas vezes até 40%. Isso obriga que o clube que detém os direitos federativos do jogador, insira no contrato uma cláusula que o impede de jogar contra si.
No elenco atual do Bahia, há vários atletas nesta situação. Já tivemos as ausências de Marcelo Lomba e Camacho contra o Flamengo, de Thiego contra o Grêmio e tantos outros casos como estes irão acontecer durante este campeonato. Souza, Lulinha, Boquita e Dodô, por exemplo, não poderão nem ficar no banco de reservas no confronto com o Corinthians. O clube paulista paga parte dos salários destes jogadores, por isso existe a cláusula no contrato. E para não dizer que não falei de flores, o Bahia emprestou Vander para o Flamengo, sem ônus para o clube carioca, porém, a revelação do tricolor em 2010, não poderá jogar contra o seu ex-time no jogo de volta no Rio de Janeiro.
O que percebo é que nossas equipes, enfraquecidas economicamente, tendem sempre a contratar jogadores encostados nos clubes do eixo Sul/Sudeste, e sem condições de bancar o empréstimo ou todo o salário do jogador, se prestam a este papel. Agora, até que ponto vale à pena? No caso do Bahia, que tem tantos jogadores nesta situação, quando neste Campeonato Brasileiro, René Simões irá repetir uma formação?
Que as diretorias dos nossos clubes reflitam...
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