É tempo de esperança...

Por: Paulo Vitor Moraes

Salvador está colorida de azul, vermelho e branco.

A torcida do Bahia não vê a hora do time sacramentar o acesso à série A.

Há muito tempo não se vê a torcida tricolor tão eufórica como agora.

Também, não é para menos.

São oito anos de muito sofrimento. De perda da hegemonia na Bahia e de vergonhosos rebaixamentos.

Podemos lembrar das vexatórias goleadas. Quem não lembra dos 7 x 0 aplicados pelo Cruzeiro em plena Fonte Nova? Da goleada de 7x2 sofrida para o Ferroviário-CE. Dos 6x0 para o Flamengo, no Maracanã, em 2003...

São inúmeros, os vexames nestes últimos oito anos.

Um, dos inúmeros a serem esquecidos foi, ao perder a Fonte Nova, por interdição, ter recorrido ao maior rival para utilizar o seu estádio, sempre chamado de “lixão” pela torcida tricolor.

E receber um “NÃO” humilhante.

Doeu na alma dos seus fiéis torcedores...

Os tricolores estavam humilhados.

Dava tudo errado...

Em 2008, o time jogou sem os seus fiéis por perto.

Camaçari e Feira de Santana sediaram os jogos do Bahia. E com públicos ridículos.

Em 2009, uma “chacoalhada” no clube. Paulo Carneiro é contratado como diretor de futebol.

Paulo, apesar de competente, ficou pouco tempo no clube devido às pressões da imprensa e de conselheiros.

Resultado: Mais um ano na série B.

O ano de 2010 começou e as esperanças foram renovadas numa virada.

E o tricolor, mais uma vez, perdeu o Campeonato Baiano e foi eliminado precocemente da Copa do Brasil.

No segundo semestre tem sido diferente.

Mostrando uma união que há muito tempo não é vista, diretoria, jogadores e torcedores se esforçam para colocar o Bahia na série A.

O clube mais popular da região Nordeste está prestes a voltar para o seu lugar.

A sofrida torcida sente isso...

Veste sua camisa com orgulho...

Estende sua bandeira na janela de casa.

A ansiedade é enorme por parte dos devotos tricolores.

Mas acima de tudo, a torcida tem esperança...

Esperança de voltar a ganhar títulos, de virar jogos praticamente impossíveis...

Esperança de ver o glorioso Esquadrão acordar e agigantar-se diante de seus adversários.