segunda-feira, 30 de maio de 2011

Como nos velhos tempos



Por: Paulo Vitor Moraes

Quem foi ao estádio de Pituaçú ontem, ou assistiu a partida entre Bahia e Flamengo pela TV viu um jogão de bola. Um jogo digno de um de estádio lotado, como foi. A torcida do Bahia, matando a saudade de um jogo de série A dentro de casa, deu um show nas arquibancadas. Cantando, pulando e exibindo o seu bandeirão, os torcedores tricolores fizeram a sua parte. Já a torcida do Flamengo presente no estádio, era formada em sua grande maioria por torcedores do interior da Bahia e de alguns estados do Nordeste. Os mesmos não ficaram para trás, cantavam o hino do clube carioca e chegaram até a gritar “olé” no segundo tempo da partida.

Falando um pouco sobre o embate em campo , foi muito movimentado e com muitos gols. No primeiro tempo o que se viu foi um Bahia com muita velocidade, acionando muito o Jobson nos contra-ataques, e sendo puxado também com velocidade pelo lateral direito improvisado, Gabriel. Já pelo lado rubro-negro, uma maior posse de bola, com jogadas muito perigosas pela direita com o lateral Galhardo, que aproveitou o buraco no lado esquerdo da defesa do Bahia.

No segundo tempo, com um time recuado, o Bahia viu o time carioca dominar a partida e virar o jogo. Aproveitando as falhas de marcação da defesa tricolor, o Flamengo passou a frente no placar e quase sai de Salvador com a segunda vitória no Brasileirão. Acabou cedendo o empate no final do jogo, e com um jogador a mais. Jobson, melhor em campo, recebeu a bola em grande jogada de Maranhão e empatou a partida em 3x3. Resultado que não foi justo, já que o Bahia teve um pênalti claro não marcado pelo árbitro Cléber Wellington Abade.

Durante toda semana a torcida do Bahia esperou com ansiedade pela reestréia em casa, na série A. E valeu a pena. Foi um jogo com muitos gols, estádio lotado e com o Bahia voltando à mídia nacional. Além de apresentar a torcida as suas principais contratações para o campeonato: Ricardinho e Carlos Alberto. E como não podia deixar de ser, um lance polêmico também apimentou o confronto. O jogão de ontem foi como nos velhos tempos!

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Santos: Fábrica de talentos e de dinheiro



Por: Paulo Vitor Moraes

Um dia desses, lendo uma matéria no portal da Revista Exame, uma reportagem sobre o faturamento do Santos com a venda de jogadores oriundos da sua divisão base me chamou atenção. O clube faturou nada mais nada menos que R$ 177,8 milhões de reais com vendas de jogadores do ano de 2004 para cá. E isso só foi possível graças à mudança de filosofia do clube, que nos anos 90 se rastejou com jogadores limitados nos seus elencos, e conquistou somente um Torneio Rio-São Paulo e uma Conmebol.

Em 2002 com a chegada de Emerson Leão ao comando do peixe, a diretoria passou a valorizar a prata da casa. Na época ilustres desconhecidos, Robinho, Diego, Léo e Elano conquistaram o Campeonato Brasileiro daquele ano. Em 2004 mais um título brasileiro com muitos jogadores da base. Fora os campeonatos paulista conquistados, a final da Libertadores e o caneco da Copa do Brasil em 2010.

Hoje, Robinho, Diego, André e Alex brilham na Europa, mas antes deixaram grandes receitas para o seu clube formador. Outros como Elano e Léo, que além de terem sido bem vendidos, foram repatriados e hoje ajudam o Santos a tentar mais um título estadual. Além de Neymar e Ganso que ainda brilham no Brasil , mas que em um futuro muito próximo serão os jogadores mais caros da história do nosso futebol, engordando ainda mais o caixa santista.

Ao contrário de muitos clubes no Brasil, a venda de jogadores é a principal receita do clube, e não as cotas da TV ou o dinheiro arrecadado nas bilheterias. E qual o segredo para faturar tanto com venda de jogadores jovens? É ter política de base. E isso não é somente formar um futuroso jogador e deixá-lo de lado somente para compor o elenco principal. Há de se ter uma cultura de utilizar esses jogadores e de se contratar pouco.